Para quem está desempregado, ou para quem
não está satisfeito com as suas condições laborais actuais, criar um negócio
próprio pode ser uma solução. Contudo, criar e gerir uma empresa nos tempos que
correm,não sendo fácil também não é impossível.
Será contudo preciso tomar algumas cautelas
para que, no final, não ficarmos numa situação pior do que a que estamos a
viver.
Em primeiro lugar há que ter a ideia do
negócio. Essa é a peça fundamental para se iniciar todo o processo. Pode ser
uma ideia de um produto ou de um serviço. Pode estar relacionada com os nossos
conhecimentos profissionais ou académicos, com os nossos hobbies, gostos pessoais ou até com necessidades que sentimos em
determinada altura e que verificamos que o mercado não dá resposta. Porém, seja
qual for a ideia, temos de garantir que dominamos os conhecimentos relativos a esse
produto ou serviço ou que temos condições de o dominar em breve. Temos de
conhecer, perceber, no fundo: dominar.
Posteriormente é necessário saber se
existem incentivos à criação de empresas ou negócios. Pesquisas na internet
dão-nos de imediato uma quantidade elevada de informação, que depois tem de ser
bem estudada e analisada de forma a tirarmos o máximo de proveito da mesma. Mas
as consultas na internet não são suficientes. É necessário também
deslocarmo-nos aos diversos organismos existentes para esclarecer dúvidas,
confirmar as conclusões a que chegamos e averiguar os procedimentos
necessários.
A seguir vem um dos passos mais
importantes: elaborar um plano de negócios e um plano de marketing. E é muito
importante não confundir plano de marketing com a forma como planeamos fazer a
publicidade ao negócio…. O plano de negócios vai determinar o montante a
investir, prazos de retorno do investimento, entre muitas outras informações.
Já o plano de marketing vai ser determinante para a localização da empresa,
qual a sua posição face à concorrência, se a estratégia a seguir se baseia na
qualidade ou no preço e muitas outras informações preciosas para o sucesso do
negócio. Para tal, existem diversas entidades que nos podem ajudar a realizar
estas tarefas árduas e que exigem elevado rigor. Não é fácil, principalmente
quando estamos empolgados com uma ideia, de nos abstrairmos das “certezas” que
temos em relação ao sucesso e vantagens da mesma para a analisarmos friamente.
A construção de diversos cenários, mais ou menos positivos, é imprescindível
para planearmos de forma realista a construção do negócio. É, por isso, muito
importante recorrermos a entidades que, sendo especialistas na criação de
planos de negócio ou plano de marketing, nos podem apoiar no lançamento do
produto ou serviço.
É também importante conhecer a forma que
deve assumir o novo negócio. Trabalhar em nome individual? Constituir uma
sociedade? Há questões jurídicas e fiscais que devem ser ponderadas e que obrigam
a uma reflexão por parte do investidor.
Outro ponto de elevada importância, sem o
qual não é possível avançar, é a questão do investimento. O valor que terá de
ser investido é determinado no plano de negócio, mas a forma como esse
investimento vai ser realizado e a proveniência dos fundos necessários também é
imprescindível determinar.
Certo é que o principal recurso que vai ter
de investir na criação do negócio é o seu tempo. Tempo a pensar, investigar,
aprender, estudar, descobrir, analisar, ponderar… O tempo que investir na
preparação, estudo e análise do negócio vai ser muito importante para o sucesso
do mesmo. Este é o principal factor que não deve ser descurado.