Natal: prendas e saldos sem derrapagem financeira



Estamos a chegar ao Natal e a alegria e felicidade típicas desta época, já nos começa a contagiar. Sentimo-nos por natureza mais predispostos a ajudar quem precisa, a oferecer prendas aos familiares e amigos e também a confeccionar iguarias apenas dedicadas às épocas festivas.
Mas, para além das reuniões familiares e do convívio de amigos e colegas, é também uma época de consumo. O Natal assume uma importância cada vez maior no panorama económico nacional com as empresas a maximizar os últimos esforços para comercializarem os seus produtos e, desta forma, a tentar “fechar” o ano em terreno positivo. E há mesmo estabelecimentos que não resistem a efetuar já promoções, antecipando o período legal dos saldos.

Depois do Natal e do consumo exagerado característico da época, vêm sim os saldos em força numa tentativa de vender os restos de coleção, captando aqueles dinheirinhos ganhos sob a forma de prenda no sapatinho. Principalmente nos anos em que, como este, há um fim-de-semana a seguir ao Natal e “pontes”, a corrida às lojas será inevitável.
Depois chegam janeiro e fevereiro, e o regresso à “realidade”. As contas continuarão a chegar, os ordenados voltam ao “normal” e tudo passou. E depois vem a conta do cartão de crédito e o extrato da conta bancária. E vem também o reconhecimento de que gastamos demais e que agora não chega para tudo.
Nesta época, é imprescindível ter o máximo de atenção e controlo sobre os custos e as compras que efectuamos. Por isso, é de extrema importância que o orçamento familiar para o mês seja bem elaborado de forma a evitar surpresas desagradáveis. Para além de elaborar uma lista com os rendimentos e as despesas mensais e assim apurar o valor do rendimento disponível, é também importante que elabore uma lista com o nome das pessoas que pretende presentear. Depois, divida o rendimento disponível pelo número de pessoas da lista de forma a definir qual o valor máximo que pode gastar com cada uma das prendas. Mas não se esqueça de incluir uma parcela para os nomes que ficaram esquecidos e não foram incluídos na lista, bem como uma parcela para poupança e para as despesas extras que possam ocorrer ao longo do ano. Ainda sobrou dinheiro? Óptimo! Esse será o valor que poderá gastar nos saldos assim como o dinheiro recebido sob a forma de prendas. Mas, antes de ir aos saldos, faça também uma lista do que realmente necessita de comprar e das lojas que pretende visitar.
Este Natal controle muito bem os seus gastos para que o próximo ano não seja penoso financeiramente. Lembre-se: “a vida não corre bem a quem gasta o que não tem”.