Falamos na nossa última crónica
das entidades reguladoras. De facto, assistiu-se nas últimas décadas a mudanças
ideológicas importantes, que por vezes o cidadão não se apercebe, e que estão
neste momento em curso. Uma dessas mudanças prende-se com a aplicação de um
modelo neo-liberal à economia, visando o seu funcionamento eficiente e
garantindo uma leal concorrência entre empresas. Nesse desiderato foram criadas
diversas entidades reguladoras setoriais, atendendo às especificidades desses
setores da atividade económica, encimados ou coordenados (embora ambas as
expressões não sejam exatas) por uma entidade de cúpula ( a Autoridade da
Concorrência, com um enfoque especialmente repressivo em comportamentos proibidos
e de domínio de mercado.
O setor das telecomunicações foi
o primeiro setor que assistiu à criação de uma entidade reguladora, o Instituto
das Comunicações de Portugal, a qual iniciou a sua atividade nos últimos anos
do sec XX e que em 2002 se converteu na atual Autoridade Nacional de
Comunicações (ANACOM).
O mercado das telecomunicações,
fruto de diversas vicissitudes, apresentou-se o mais apto para ser liberalizado
e ainda hoje, de entre as diversas indústrias de rede (onde se encontram as
designadas utilities), é o mais dinâmico, com uma concorrência mais agressiva,
uma inovação tecnológica constante e onde aparecem mais produtos e serviços
novos.
A
ANACOM
tem por objeto a regulação, supervisão e representação do setor das
comunicações (onde se incluem as comunicações postais e as comunicações eletrónicas)
As principais atribuições da ANACOM em termos de regulação do mercado compreendem garantir o acesso dos operadores de comunicações às redes, em condições de transparência e igualdade; promover a competitividade e o desenvolvimento nos mercados das comunicações, nomeadamente no contexto da convergência das telecomunicações, dos meios de comunicação social e das tecnologias da informação; atribuir os títulos de exercício da atividade postal e de telecomunicações; assegurar a gestão do espectro radioelétrico, garantindo a coordenação entre as comunicações civis, militares e paramilitares, e a gestão da numeração no sector das comunicações.
As principais atribuições da ANACOM em termos de regulação do mercado compreendem garantir o acesso dos operadores de comunicações às redes, em condições de transparência e igualdade; promover a competitividade e o desenvolvimento nos mercados das comunicações, nomeadamente no contexto da convergência das telecomunicações, dos meios de comunicação social e das tecnologias da informação; atribuir os títulos de exercício da atividade postal e de telecomunicações; assegurar a gestão do espectro radioelétrico, garantindo a coordenação entre as comunicações civis, militares e paramilitares, e a gestão da numeração no sector das comunicações.
Já
em termos de supervisão do mercado compete-lhe velar pela aplicação e
fiscalização das leis, regulamentos e requisitos técnicos aplicáveis no âmbito
das suas atribuições, bem como o cumprimento, por parte dos operadores de
comunicações, das disposições dos respetivos títulos de exercício de atividade
ou contratos de concessão; garantir a existência e disponibilidade de um
serviço universal de comunicações, assegurando o cumprimento das obrigações
correspondentes; velar pela correta utilização dos recursos espectrais e de
numeração atribuídos; proteger os interesses dos consumidores, especialmente os
utentes do serviço universal, em coordenação com as entidades competentes,
promovendo designadamente o esclarecimento dos consumidores.
Finalmente,
em matéria de representação do sector das comunicações é a ANACOM que assegura
designadamente a representação técnica do Estado Português nos organismos
internacionais congéneres e acompanha a atividade das entidades reguladoras
afins e as experiências estrangeiras de regulação das comunicações e estabelece
relações com outras entidades reguladoras, colaborando ainda com outras
entidades públicas e privadas na promoção da investigação científica aplicada
às telecomunicações, bem como na divulgação nacional e internacional do sector.