NATAL DE ESPERANÇA



O natal de 2013 tem de constituir como um natal de esperança para todos. Os portugueses têm vindo a passar por um mau bocado. A crise económico-financeira que tem fustigado o país desde 2008, tem contribuído para alterar a fisionomia de um paísonde o número de desempregados não tem parado de aumentar até há pouco tempo atrás para atingir o impressionante número de um mulhão de desempregados. Um quarto das famílias viram pelo menos um dos elementos perder o emprego e uma em cada dez famílias vive em situação de pobreza efetiva, ao ponto de não conseguir meios para assegurar o pagamento de despesas básicas como os medicamentos, a água ou a fatura da eletricidade.



O processo de ajustamento que os credores externos e as instituições financeiras internacionais a que o país recorreu, nos impuseram, deixaram mossas. O descontentamento social não tem parado de aumentar, como que a comprovar que “casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”.

Porém, não nos podemos esquecer que se “não há bem que sempre dure”, também “não há mal que não se acabe” e de facto, nos últimos meses, existem alguns sinais macro-económicos que são encorajadores. Num clima recessivo (e depressivo) é bom que se olhe para estes sinais, é bom que eles sejam falados, na medida em que na economia como na saúde, uma parte do tratamento também é psicológico. As pessoas estão fartas de desgraças, havendo mesmo muitos que desligam ou mudam de canal na hora dos telejornais. Tudo o que acontece é de imediato politizado e utilizado como arma de arremesso.

Parece contudo que é inegável que neste momento:

  • As exportações portuguesas aumentaram 5% em 2013, relativamente ao ano transato, que já tinha sido o melhor ano de sempre nesse capítulo, ao ponto de termos conseguido uma balança comercial superavitária;

  • A economia cresceu 0,2% no terceiro trimestre deste ano, comparativamente ao segundo e tecnicamento falando, o país saíu da recessão;

  • A taxa de desemprego, segundo dados do INE, está neste momento nos 15,6%, estando a diminuir há 7 meses consecutivos, depois de ter atingido os 17,3%;

  • O valor médio da avaliação bancária aumentou o,5% em Outubro;

  • O índice de confiança dos consumidores e o indicador de clima económico aumentaram;

  • O índice de vendas a retalho aumentou ligeiramente em termos homólogos.

Para muitos estes dados podem ser considerados insuficientes, mas estamos na ápoca de natal e as pessoas precisam de se animar. Vamos acreditar que as coisas estão a mudar e para melhor.


A todos votos de um Feliz e Santo Natal.