Comprar carro é uma
decisão importante que necessita de ser suficientemente ponderada. Antes de
decidir, é fundamental refletir os seguintes aspetos:
- Custos associados (para além do investimento inicial com a aquisição temos de somar um seguro que é bastante dispendioso, o preço do combustível, que tem subido muito nos últimos anos, a manutenção da viatura e ao fim de algum tem a inspeção periódica);
- Acima de tudo, avaliar bem se temos disponibilidade financeira para efetuar a aquisição e as consequências que a compra da viatura e os custos associados vão representar no nosso orçamento a partir da data da compra.
Depois de analisar todos
estes aspetos e caso decida avançar para a compra um carro novo, é importante
que a escolha da viatura vá de encontro às suas necessidades. O mercado
automóvel é extremamente diversificado e existem produtos para todos os gostos,
necessidades e carteiras.
Caso o seu
orçamento seja apertado e esteja virado para a compra de uma viatura usada,
terá que ter muito cuidado para que “o barato não saia caro”. Na verdade, a
compra de carro usado apresenta aspetos muito particulares. Desde logo o estado
em que se encontra a viatura. Se for esta a sua opção, certifique-se bem de que
o carro está em boas condições mecânicas e legais.
E caso essa compra
exija um financiamento? Mais uma vez existem variadas opções que devem ser ponderadas
face às suas necessidades e ao dinheiroo que tem disponível: para além da
compra a pronto que é a situação ideal, porque não fica com responsabilidades
para o futuro e lhe dá alguma capacidade de negociação face ao vendedor, pode ainda
optar por um crédito automóvel, a locação financeira (leasing) ou o aluguer de
longa duração (ALD).
De acordo com uma
pesquisa feita pela Deco, as taxas praticadas no crédito automóvel variam entre
os 3,23% até aos 10% (o Barclays e o BPN Crédito afirmam-se como os bancos que
apresentam as taxas mais atrativas de 3% indexadas à Euribor de onde resulta uma
taxa de cerca de 3,23%). Geralmente, os empréstimo vão de seis a oito anos. Na
nossa opinião, não deve negociar um prazo de empréstimo acima de cinco anos.
Não se esqueça: quanto maior for o valor que tiver para a entrada inicial,
menor será o valor do empréstimo e das prestações. O leasing e o ALD são
modalidades com algumas semelhanças entre si, mas que se afastam do crédito
automóvel tradicional: nestas modalidades, a instituição adquire a viatura e
arrenda-a ao cliente mediante o pagamento de uma mensalidade. Nestes casos, o consumidor
não é o “dono” do carro, mas no final do contrato tem a opção de comprá-lo
pagando o valor residual (valor da viatura subtraído da soma das prestações entretanto
pagas). Porém, enquanto que no leasing pode optar por adquirir ou não a viatura
no final do contrato, no ALD é exigido que a viatura seja adquirida no final do
contrato. Esta aquisição é garantida por um contrato-promessa de compra e
venda. O leasing e o ALD apresentam normalmente taxas de juro mais baixas do
que o tradicional crédito automóvel. O cliente fica ainda isento do pagamento
do imposto de selo sobre a abertura do crédito e dos juros. No entanto o
consumidor suporta o custo do imposto de circulação e inspeção.
De
acordo com o estudo referido, “as TAEG (taxa anual efetiva global)mínimas variam entre 2% e 3%,
mas, por vezes, são lançadas campanhas com taxa zero. As TAEG máximas podem
chegar aos 11,5% no leasing ou aos 18% no crédito automóvel, ultrapassando os
limites fixados pelo BdP”.Face a uma oferta tão variada relativamente à
escolha do carro e ainda à escolha do modo de financiamento, concluímos que a
escolha pode não ser fácil. Deve sobretudo ser uma escolha responsável, e para
isso deverá analisar todas as opções que existem no mercado e escolher a que
mais se ajusta ao seu gosto e à sua carteira.