A
vida está cada vez mais difícil para todos. O desemprego é um flagelo que
atinge cada vez mais famílias, em muitos casos ambos membros do casal. As
reduções de salários, das pensões e dos apoios sociais contribuem para uma
redução de rendimentos, o que origina também problemas e dificuldades no
cumprimento das responsabilidades assumidas. A aquisição e pagamentos de bens e
serviços essenciais também não podem ser descurados pelo que, para se fazer
face a esses encargos, outras coisas ficam por pagar. É assim que muitas
famílias acabam por não conseguir cumprir com as responsabilidades assumidas
junto da Banca.
O
não pagamento das prestações, sejam elas relativas ao crédito à habitação, ao
crédito automóvel, ao crédito pessoal ou ao cartão de crédito, acarretam uma
série de problemas e encargos arrastando os clientes bancários para uma
situação cada vez mais difícil de superar. E quanto mais tempo passa, mais os
valores em atraso aumentam e mais difícil se torna resolver a situação. É como
uma bola de neve que cresce sem parar e a uma velocidade assustadora.
A
resolução do problema implica negociar com as entidades bancárias condições que
permitam regularizar a situação e “aliviar” os encargos mensais com os
créditos. Na maioria dos casos, a solução encontrada passa pelo alargamento do
prazo do empréstimo para reduzir a prestação mensal ou pela concessão de um
período de carência. Mas negociar com a Banca não é fácil, principalmente se já
existirem valores em atraso.
No
início de 2013 entraram em vigor alguns instrumentos legais com vista a
conceder aos clientes bancários uma série de direitos (mas que tsmbém implicam
deveres), com o intuito de os apoiar na resolução das suas situações de
endividamento e sobreendividamento. Trata-se do PARI (Plano de Acção para o
Risco de Incumprimento), do PERSI (Plano Extrajudicial de Resolução de
Situações de Incumprimento) e do Regime Extraordinário para proteção de
devedores de crédito à habitação em situação económica muito difícil. No
entanto, continua a não ser fácil para um cliente bancário por si só resolver
diretamente a sua situação de atraso ou de dificuldade no pagamento. Por isso,
quem esteja a sentir dificuldades no pagamento das suas responsabilidades com a
Banca ou quem já tenha prestações em atraso deve recorrer à Rede de Apoio ao
Cliente Endividado. Com um atendimento especializado e experiência na
negociação com a Banca, esta Rede de Apoio é constituida por entidades
devidamente reconhecidas pelo Banco de Portugal e pela Direção-Geral do
Consumidor. Em Braga, a entidade reconhecida é o CIAB – Tribunal Arbitral de
Consumo.
Com o objectivo de informar, aconselhar e apoiar o
consumidor que se encontra em risco de endividamento ou que já se encontra, de
facto, endividado, os serviços da rede são prestados por uma equipa que efectua
este serviço de forma gratuita e confidencial com o objectivo de agilizar a
negociação entre as instituições de crédito e os consumidores.
Assim, se está a sentir dificuldade para cumprir
com as suas responsabilidades ou se já tem prestações em atraso contacte-nos. A
resolução do seu problema pode estar à distância de um telefonema.